6 motivos pelos quais o Brasil sairá mais forte da crise que os demais países

A economia brasileira, sempre foi vista com cautela pelos investidores de outros países, com diversos gargalos econômicos que travam o aprimoramento industrial e a melhora da qualidade de vida da população, além de uma contínua instabilidade política, o Brasil, assim como restante do mundo, luta contra o tempo para conter a disseminação do covid-19.

Atingindo a economia mundial de forma brusca e repentina, a pandemia do coronavírus está causando prejuízos à praticamente todos os países do mundo, porém com intensidades distintas.

O Brasil, por sua vez, mesmo com prejuízos em alguns setores, vem se mostrando concreto nas medidas para manutenção da economia e ao contrário de outros países, acumula uma balança comercial bilionária nos primeiros quatro meses do ano.

Seis fatores principais estão sendo responsáveis por isso:

1° Safra recorde.

6 motivos pelos quais o Brasil sairá mais forte da crise que os demais países

O primeiro fator e mais importante para a manutenção da economia brasileira, está sendo o agronegócio. Composta por diversas frentes, o setor atendeu não só a demanda interna por alimentos, quanto a demanda mundial – que aumentou ainda mais durante o período.

Mesmo com a diminuição na previsão na safra de grãos 2019/2020 para 250,9 milhões de toneladas, o aumento em relação ao mesmo período anterior está sendo de 3,6%.

No primeiro quadrimestre deste ano, as exportações brasileiras de soja somaram 19,8 milhões de toneladas, crescimento de 10% ante igual período do ano passado, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Além disso, o dólar alto em relação ao real, possibilitou o aumento da lucratividade dos produtores brasileiros.

2° Exportação recorde de carnes

Com destaque para a exportação de carne suína, que já acumula uma alta de 28,4% no primeiro quadrimestre (Jan, Fev, Mar, Abr), com 280,8 mil toneladas do produto exportado e com um aumento de receita para 650,3 milhões de dólares, salto de 53,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já na carne bovina, o aumento na exportação foi de 1% no primeiro quadrimestre, com 543.881 toneladas do produto exportadas e com receita de US$ 2,4 bilhões, o destaque ficou para o faturamento, que teve alta de 19% em comparação com o mesmo período de 2019.

3° Manutenção da Logística

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Como nos demais países, os caminhoneiros brasileiros enfrentaram dificuldades nas primeiras semanas de quarentena, consequência dos decretos estaduais que fecharam pontos de apoio nas rodovias. Após recomendações do Governo Federal, esses decretos sofreram alterações que possibilitaram a reabertura parcial de estabelecimentos que prestam serviços aos motoristas.

Com isso, o transporte rodoviário de cargas se manteve operante, garantido tanto o transporte para atender a demanda da exportação, quanto o abastecimento interno do país.

Com ressalva para algumas ramificações do transporte rodoviário de carga, que apresentam uma diminuição na oferta de fretes.

4° Balança comercial positiva | Mais dinheiro entrando que saindo

Nos primeiros quatro primeiros meses do ano, o Brasil já acumula uma balança comercial positiva de R$ 82 bilhões (US$ 14,2 bilhões).

No mesmo período do ano passado, o acumulado foi de R$ 91,3 bilhões (US$ 15,8 bilhões). Apesar da redução de US$ 1,6 bilhões (10,1%), para a atual situação, os números são animadores.

Na primeira semana deste mês de Maio, as exportações somaram US$ 5,945 bilhões, valor 27% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 3,470 bilhões, alta de 2% na mesma comparação.

Em 10 dias, o superávit de US$ 2,475 bilhões. O superávit acontece quando as exportações superam as importações. Quando ocorre o contrário, é registrado déficit comercial.

5° Capacidade do brasileiro em administrar dificuldades

Henrique bredda, cofundador da gestora Alaska Black, um dos fundos mais rentáveis do mercado financeiro brasileiro, cita com frequência o fato do brasileiro estar acostumado a conviver com o perigo e com a instabilidade.

Em momentos de crise e com recursos escassos, essa habilidade em lidar com circunstâncias difíceis, faz com que os brasileiros se destaquem, além de possuírem mais experiência no desenvolvimento de alternativas para transpor obstáculos.

6º Medidas do Governo Federal

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Mesmo que uma instabilidade política, o Ministério da Economia, comandando por Paulo Guedes, aprovou medidas eficazes para amenizar os dados causados pela pandemia.

Enquanto nos Estados Unidos, mais de 33 milhões de empregados foram demitidos durante o período de quarentena, no Brasil, durante todo o ano de 2020, o número foi de 2,3 milhões, de acordo com danos do Ministério da Economia.

Uma das medidas que colaborou para a manutenção de empregos foi a possibilidade das empresas de pequeno e médio porte, financiarem junto ao Governo Federal, o valor do salários dos empregados, com juros de 3,75% ao ano, no caso, o mesmo patamar da Selic. No primeiro momento, essa linha emergencial de financiamento possibilitou a manutenção de 6 milhões de empregos.

Quanto ao auxílio emergencial de R$ 600, o Brasil foi o segundo país mais rápido no pagamento e em número de contemplados, atrás somente da Índia.

Em entrevista, o Ministro Paulo Guedes enfatizou o fato do Brasil reagir bem à crise, apesar do impacto existir, a economia brasileira mantém seus sinais vitais.

Fontes: