Após vender quase toda soja, Brasil começa a comprar dos EUA e Uruguai

Lula xinga agronegócio de fascista, negacionista e mau-caráter

Na tentativa de repor os estoques internos, o Brasil quadruplicou a compra de soja do Paraguai, Estados Unidos e Uruguai nos últimos meses.

O Brasil colheu 124,8 milhões de toneladas do grão nesta temporada, um recorde, de acordo com estimativas da Conab.

Entre janeiro e julho, quando a maior parte da safra é comercializada, o Brasil exportou 69,7 milhões de toneladas, 36,4% a mais do o volume registrado no mesmo período do ano anterior.

A China, principal destino, comprou 50,5 milhões de toneladas no período, 32,2% a mais do que em 2019.

De acordo com estimativas da Abiove, os estoques finais devem somar 419 mil toneladas, o menor nível desde a série iniciada em 1999.

Agora, com os estoques internos baixos, o Brasil está se vendo obrigado a aumentar a importação do grão.

Normalmente, a soja importada para o Brasil vem do Paraguai. Mas por conta da alta demanda, o mercado interno está adquirindo o grão dos Estados Unidos, Uruguai e da Argentina.

Bunge confirma que 2º navio com soja do Uruguai será descarregado

Essas compras estão sendo realizadas por um preço bem superior ao da cotação que o país vendeu no início do ano.

Em outubro, a cotação do grão ultrapassou os US$ 1 mil (cerca de R$ 5,5 mil pela cotação atual) por bushel (unidade de medida equivalente a 27,2 quilos). No primeiro semestre, oscilava em torno dos US$ 850 (R$ 4,7 mil).

Aumento da soja reflete no supermercado:

O aumento no preço da soja reflete diretamente no preço dos alimentos nos supermercados.

Além de ser matéria prima para os óleos de cozinha em geral, a soja também compõe a ração de bovinos, suínos, aves e etc.

O dólar alto, que inicialmente beneficiou as exportações, agora impacta no preço dos insumos agropecuários.

O resultado disso é um aumento expressivo para o produtor e em seguida ao consumidor final.

Fonte: Money Times, Canal Rural,