Avião utiliza “paraquedas” e salva a vida de seis pessoas em Minas Gerais
Um avião de pequeno porte, modelo Cirrus SR22, de matrícula PS-VAC, precisou utilizar o sistema de paraquedas após sofrer uma pane mecânica na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais.
O incidente foi registrado nesse sábado (11).
A aeronave, com seis tripulantes, decolou do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), mas sofreu uma pane em voo, obrigando o piloto a acionar o paraquedas de emergência da aeronave.
Um vídeo postado nas redes sociais mostra a aeronave pousando em um morro na região de Gaia, em Sabará, região metropolitana da capital mineira.
Apesar do impacto ao tocar o solo, nenhum dos seis ocupantes, entre eles uma criança de três anos e um recém-nascido, sofreu ferimentos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, todos eles estavam conscientes e sem lesões aparentes.
Paraquedas para avião?
O Cirrus SR22 PS-VAC, fabricado em 2022, conta com um sistema de paraquedas externo chamado de CAPS (Cirrus Airframe Parachute System).
Esse sistema foi projetado especificamente para a linha de aeronaves leves de aviação geral da Cirrus Aircraft, incluindo o SR20, SR22 e SF50.
Por que não utilizar em todos os aviões?
Em aeronaves de médio e grande porte, essa tecnologia ainda está longe de se tornar uma realidade, principalmente por conta do peso dos aviões.
Para se ter uma ideia, um Boeing 747, com peso aproximado de 184.000Kg, precisaria de um paraquedas com aproximadamente 17.500 M² – isso equivale a 3 campos de futebol profissional.
Além disso, a estrutura do avião precisaria ser totalmente preparada para aguentar o impacto da desaceleração causada pelo acionamento do paraquedas.
No caso do Boeing 747, a velocidade de cruzeiro é de 933 km/h.
Já no caso do Cirrus sr22, o modelo que caiu em Minas Gerais, pesa aproximadamente cerca de 1600kg com tripulantes, tornando o sistema viável.
