China vendeu em máscaras mais que o Brasil vendeu em soja e carne em 2020

China vendeu em máscaras mais que o Brasil vendeu em soja e carne em 2020

No dia 01 de Dezembro de 2019, o mundo registrava o primeiro caso de covid-19 em Wuhan, epicentro da doença na China. Desde então, a doença contaminou 84.761.360 pessoas e ocasionou a morte de 1.838.440.

Mas a pandemia impactou de forma diferente as economias mundiais, um bom exemplo disso foi a própria China.

No segundo trimestre de 2020, quando o mundo enfrentava um crescimento exponencial dos casos de coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 11,5% enquanto o do Brasil sofreu uma queda de 9,7%.

pib trimestral china

Um dos setores responsáveis por manter a economia chinesa aquecida durante o período de quarentena foi a venda de equipamentos de proteção individual (EPI) ao restante do mundo.

Dados da Organização Mundial do Comércio revelam que somente as vendas ao exterior de máscaras produzidas na China atingiram mais de US$ 40 bilhões desde o início da pandemia.

Resultado: o valor exportado pelos fabricantes chineses nos primeiros seis meses do ano é equivalente a tudo o que o Brasil exportou em alguns de seus principais produtos do agronegócio durante todo o ano.

Em 2020, o Brasil exportou em soja o equivalente a US$ 34,5 bilhões, em carne bovina US$ 8,53 bilhões e em suína US$ 1,488 bilhão.

Nos demais itens, como luvas e óculos de proteção, o mercado chinês atingiu a casa dos US$ 50 bilhões.

Em Novembro de 2020, os fortes embarques levaram a China a ter um superávit comercial de US$ 75,42 bilhões, o maior desde 1981, quando os registros da Refinitiv começaram.

Com a pandemia, a China deve passar os Estados Unidos como a maior economia do mundo em 2028, cinco anos antes do que o previamente previsto pelo Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês).

Fonte: BBC , Forbes , Notícias UOL