Conheça a cera sergipana e porque muitos caminhoneiros a usam

Conheça a cera sergipana e porque muitos caminhoneiros a usam

Quem vê de longe, logo imagina tratar-se de um caminhão com a lataria danificada ou extremamente suja.

Mas na verdade, embaixo da camada espessa de cera, a pintura se preserva praticamente intacta.

O auge da utilização desse tipo de cera foi em meados de 1998, quando caminhoneiros sergipanos que puxavam frutas e verduras, trocavam de caminhão praticamente todo ano.

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Isso mesmo, como na época não existia fiscalização, os motoristas chegavam a rodar mais de 250 mil quilômetros em um ano com o caminhão.

Além disso, por se tratar de cargas de horários, esses caminhões trabalhavam sempre no limite.

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Para não precisar fazer manutenções mais severas nos veículos, esses motoristas ou proprietários de pequenas frotas, preferiam revender os caminhões como semi-novos.

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Para preservar a pintura desses caminhões quando saiam de fábrica, os Sergipanos passavam espessas camadas de cera. Quando precisasse vender, apenas removiam a cera e a lataria estava intacta.

Segundo relatos, os garagistas, principalmente do sul do país, iam até o Sergipe e adquiriram esses caminhões, diminuíam a quilometragem e revendiam.

Mesmo quem não pretendia revender o caminhão depois de um tempo, começou a aderir ao estilo, que durou até meados de 2005.

Recentemente, alguns caminhoneiros decidiram trazer de volta a moda e diversos veículos, são flagrados trafegando pelas rodovias “encerados”.

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