Entenda como funciona um caminhão com duas alavancas de marcha

Você certamente já deve ter visto algum motorista “cambiando” (passando marcha) de um caminhão FNM com duas ou até três alavancas no câmbio.

Apesar de exigir bastante habilidade do motorista, principalmente em veículos que não possuem direção hidráulica, o sistema com duas alavancas é bem simples.

Em alguns casos, até o cotovelo vira aliado. Isso porque, em alguns momentos, o motorista acaba usando as duas mãos ao mesmo tempo para encaixar a marcha correta nos Fenemês.

Mas afinal, como passar marcha em um caminhão com duas alavancas?

Simplificando, no caso do FNM D-11000, o modelo possuí originalmente 4 marchas simples e outras 4 marchas reduzidas.

Essas marchas reduzidas eram utilizadas quando o caminhão estava carregado.

Quando a alavanca (desmultiplicador), posicionada ao lado do volante, está para baixo, significa que as marchas estão reduzidas.

Desse modo, o caminhão arrancando carregado, deve estar com a alavanca principal em 1ª marcha reduzida (com a alavanca para baixo).

Se o motorista passasse direto para a 2ª marcha, o veículo não teria força suficiente. Desse modo, é necessário passar para a 1ª marcha simples, pisando na embreagem e colocando a alavanca para cima.

Agora, para passar pra 2ª marcha reduzida, o condutor precisa pisar na embreagem e colocar o câmbio na posição de 2ª marcha ao mesmo tempo que coloca a alavanca para baixo.

Após passar para a 2ª reduzida, quando o veículo ganhar velocidade, basta acionar a embreagem e erguer a alavanca novamente, fazendo com que o caminhão fique em 2ª marcha simples.

Esse processo ocorre em todas as marchas do veículo, é como se o mesmo tivesse 8 marchas. Essas machas reduzidas, são como uma meia marcha.

Como se não bastasse essas duas alavancas, algumas empresas, na década de 60, adicionavam mais metade de câmbio, fazendo com que o veículo “ganhasse” a quinta-marcha e uma terceira alavanca.