Exames toxicológicos já flagraram 170 mil motoristas com drogas no organismo
Desde 2016, quando o exame toxicológico passou a ser obrigatório para motoristas profissionais que trabalham com caminhões, carretas ou ônibus, 170 mil motoristas já foram flagrados com algum químico ilegal no corpo.
Esses dados são do SOS Estradas, programa ligado à segurança viária, com dados da associação brasileira de laboratórios de toxicologia.
A pesquisa também trouxe à tona uma situação ainda mais preocupante: 68% dos condutores flagrados no teste toxicológico, utilizaram cocaína. 21% dos motoristas utilizaram Opiáceos (derivados do ópio, como heroína), 5,63% maconha e 5,33% anfetamina.
Além disso, caminhoneiros não foram os principais profissionais flagrados no teste.
Motoristas categoria D, habilitados para conduzir veículo de transporte de passageiros(Ônibus e vans), representaram 48,56% dos testes positivos para drogas.
Já caminhoneiros categoria E, habilitados para conduzir carretas, representaram 24% dos testes positivos no exame toxicológico. Seguidos pelos motoristas categoria C, cerca de 9% desse total.
Wallace Landim, o Chorão, caminhoneiro que ganhou notoriedade como liderança da categoria após a greve de 2018, diz que é a favor do exame, mas contrário à forma como é feito hoje. “O valor é exorbitante, a lei onera o trabalhador. E deveria ser obrigatório não só para os caminhoneiros, mas para todos os motoristas, que também bebem, usam drogas e saem dirigindo. Não é só a questão do exame, para melhorar a segurança nas estradas é preciso investir em infraestrutura”, diz.
Um dado positivo da pesquisa foi a aceitação por parte dos motoristas profissionais sobre a aplicação do teste, 79% desse profissionais, concordam com a obrigatoriedade.
Fonte: SOS Estradas
