Família de caminhoneiro recebe indenização de R$13,2 milhões após motorista morrer soterrado por carga

A família do caminhoneiro John Burns, morto em 2015 após ser soterrado por 30 toneladas de arroz, receberá £ 1,8 milhões, equivalente a R$ 13,2 milhões, em indenização da empresa responsável pelo Porto onde ocorreu o acidente do motorista em Liverpool, na Inglaterra.
O caminhoneiro, junto com outros três motoristas, realizava o transporte de arroz de um navio de contêineres para um galpão de armazenagem nas docas de Garston.
Durante o trabalho, funcionários estranham o fato do caminhão de John não ter saído do galpão e foram até o local.
Após buscar, o motorista foi encontrado, já sem vida, embaixo de 30 toneladas de arroz. Segundo o relatório, a vítima sofreu “lesões significativas nas pernas, lesões contundentes no peito e asfixia mecânica”.
John teria saído da cabine e dado a volta por trás da carreta, que já estava basculada. Nesse instante, a tampa da caçamba se abriu e atingiu o motorista.
A carga de arroz desmoronou em cima de John, ocasionando o óbito.

Durante as investigações, foi constatado que a Associated British Ports Holdings Ltda, empresa responsável pela administração das docas, não cumpriu uma série de medidas preventivas de segurança. Além disso, houve falha no mecanismo de retenção de carga, o que ocasionou o soterramento.
“Aqueles que controlam o trabalho têm a responsabilidade de conceber métodos seguros, supervisionar e monitorar adequadamente a atividade de trabalho e fornecer as informações e instruções necessárias aos trabalhadores sobre sistemas de trabalho seguros”, declarou o inspetor da HSE, Bradley Wigglesworth, ao EchoNews.
Após sete anos, em Outubro desse ano, a empresa foi condenada a pagar R$ 13,2 milhões de multa e R$ 232 mil em custas no processo judicial a que foi submetida em Liverpool.
“Lamentamos profundamente o trágico acidente de 2015 que levou à morte do Sr. Burns. Nossas mais sinceras condolências permanecem com sua família e amigos. Aceitamos as falhas que foram destacadas pelas investigações após este incidente.” declarou o representante da ABP.

