Greve dos caminhoneiros continua no Chile e ameaça abastecimento

Nessa sexta-feira (25), a paralisação nacional dos caminhoneiros no Chile segue sem previsão de término e já ameaça o abastecimento do país.
Os motoristas profissionais, protestam contra a defasagem no preço dos fretes, aumento do óleo diesel, falta de segurança e construção de pontos de parada nas estradas.
As manifestações se estendem por todo o país, com rodovias parcialmente e totalmente bloqueadas.
Diversos supermercados e distribuidora, já registram desabastecimento de alimentos e itens básicos de higiene.

Conforme Cristián Allendes, presidente da Sociedade Nacional da Agricultura, “essa mobilização nos complica porque ocorre logo no início da temporada de colheita mais importante e da exportação de frutas, fundamental para a alimentação e a renda do país”.
Por outro lado, os manifestantes afirmam que as paralisações devem continuar até o Governo Chileno atender às reivindicações.
A esquerda no poder

Em dezembro de 2021, o povo chileno elegeu o presidente de esquerda, Gabriel Boric, de 35 anos.
Boric liderou uma coalizão que inclui comunistas abertamente. Ele promete acabar com o sistema de previdência privada do país, aumentar impostos, abrir uma empresa estatal de mineração de lítio, cancelar dívidas estudantis, tornar grátis o ensino superior e lutar vigorosamente contra a mudança climática.
No entanto, desde que o novo Governo de esquerda assumiu, a crise só piorou e a inflação disparou para 13%.
Apenas a Argentina e a Venezuela, assoladas por crises perenes, têm taxas mais altas na região. O preço de muitos bens está agora fora do alcance dos chilenos comuns.