Há duas alternativas para o Brasil e o mundo: ficar sem combustível ou manter preços altos

abastecendo

Os preços dos combustíveis engataram uma alta nunca antes vista em praticamente todos os países do mundo.

Nos Estados Unidos por exemplo, o preço médio do galão de diesel (3,7 litros) subiu de US$ 2,39 (R$12,40) para US$5,57 (R$29,68) no período de um ano.

De acordo com especialistas, o problema teve início junto com a pandemia do covid-19, quando as empresas cortaram os investimentos no setor petrolífero e de geração de energia.

Com as quarentenas impostas pelos países, o consumo de combustíveis teve uma queda drástica nos primeiros meses da pandemia. Empresas do setor se viram obrigadas a cortar despesas, investimentos e interromper projetos de expansão.

Sem os investimentos que eram necessários no período, a capacidade de extração, refino e produção das empresas petrolíferas foram retardados, na contramão do consumo mundial.

Para piorar ainda mais a situação, as sanções econômicas impostas contra a Rússia por conta da Guerra na Ucrânia, obstruiu a exportação de petróleo russo para países europeus.

Na prática, a conta é simples, menos produto no mercado e mais consumo, causam o aumento nos preços. Caso contrário, o produto acaba.

Qual a solução?

No curto prazo, os governos buscam reduzir os impostos sobre os combustíveis como uma medida para conter às altas sucessivas.

Em contrapartida, países que não mantém a paridade dos preços com o mercado internacional, estão enfrentando riscos iminentes de desabastecimento.

Esse é o caso da Argentina, que utiliza o próprio dinheiro dos impostos de outros produtos, para atenuar o preço de importação do produto. Na prática, esse dinheiro deixa de ser investido em outras áreas, como saúde e segurança, podendo causar danos à sociedade.

Especialistas afirmam que o investimento no setor petrolífero em larga escala ainda é a melhor solução. No entanto, os reflexos dessa medida não são perceptíveis no curto-prazo.