México discute proibir os bitrem e rodotrem

Já há algum tempo, o México vem discutindo a proibição de conjuntos do tipo bitrem e rodotrem em suas rodovias.
De um lado, especialistas apontam que a utilização desse tipo de conjunto contribuí para o aumento no número de acidentes e a degradação da pavimentação asfáltica.

Do outro, empresários do setor afirmam que a proibição causaria um colapso no transporte de cargas do México e aumentaria o número de caminhões.
Um executivo de uma transportadora marítima – disse que 85% da carga transportada para o interior pela transportadora vai conjuntos bitrem. Além disso, o empresário relatou que a empresa já cobra 35% a mais para transportar um contêiner se o expedidor quiser uma carreta simples ao invés do bitrem.

No entanto, ao contrário do que ocorre no Canadá, onde esse tipo de configuração é comum e o PBT se limita à 50 toneladas, no México o Peso Bruto Total (PBT) de um bitrem pode chegar à 80 toneladas.
Além disso, muito desses conjuntos eram originalmente carretas simples, que foram transformadas em bitrem.
Em 2020, o Governo Mexicano até tentou criar uma lei que fiscaliza e certifica as carretas com dois semirreboques, mas legisladores apontam que os requisitos de certificação foram “ineficientes; não funcionaram, não aumentaram a segurança na circulação do reboque duplo, nem evitaram mais acidentes”.

Mais caminhões
Embora nenhuma das novas leis esteja perto de ser aprovada, os transportadores que dependem fortemente de reboques de trator duplo para mover contêineres marítimos dizem que o efeito seria abrangente. Uma proibição eliminaria instantaneamente uma grande parte da capacidade disponível de caminhões, colocaria mais caminhões nas estradas, aumentando as preocupações com o tráfego e as emissões, e aumentaria o custo da movimentação de carga, talvez forçando-os a usar ferrovias.
Aproximadamente 80% do frete no México é transportado por caminhão.