Ministro da Infraestrutura defende fim da pesagem por eixo

Ministro da Infraestrutura defende fim da pesagem por eixo

O Transporte Rodoviário de Cargas está prestes a passar por uma de suas maiores modernizações dos últimos anos; o fim da pesagem por eixo e dos postos fiscais nas rodovias.

De acordo com o Ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes, o atual sistema de fiscalização é ineficiente e não cumpre com um de seus objetivos principais: evitar danos às rodovias, assim como acidentes.

Nessa segunda-feira(25), o ministro participou de um seminário virtual com investidores do banco Santander. Durante a transmissão, Tarcísio pautou os planejamentos para o setor do transporte.

“A gente vai acabar com os postos fiscais nas rodovias, pois eles são um atraso. Parece um sonho, mas não é. Já estamos testando esta tecnologia no Espírito Santo e vamos fazer a alteração na legislação para, em pouco tempo, implantar isto no Brasil inteiro. E, junto, virá a pesagem em movimento, com o uso de sensores instalados no pavimento. Esta pesagem tem que ser por peso bruto, não dá para fazê-la por eixo. Com isso, acabaremos com o negócio da balança – que só vai ser necessária caso o caminhão ultrapasse o peso bruto total e seja necessário uma pesagem mais apurada”, frisou o ministro.

Outro projeto piloto idealizado pelo Governo é o Documento Eletrônico de Transporte (DT-e), que visa simplificar procedimentos administrativos, substituindo vários documentos em papel por um único documento eletrônico que reúna todas as informações necessárias à viagem. Se aprovada, a iniciativa irá não só acabar com as longas filas de espera nos postos de pesagem, como reduzir a necessidade de postos fiscais.

“Queremos modernizar todo o sistema de transporte. Nosso projeto é substituir vários documentos de papel por um único, eletrônico, reunindo as informações sobre o que está sendo transportado, para onde, por quem, e se a questão fiscal está ok”, comentou o ministro, acrescentando que, em média, um caminhoneiro perde seis horas com procedimentos burocráticos, o que encarece os custos de transporte.

“Para nós, o caminho sempre foi este, sinalizado pelo ministro. Infelizmente, quem dava as cartas eram as concessionárias de rodovias, que inventavam mil e uma coisas para botar as coisas sempre do jeito delas”, acrescentou o sindicalista, confirmando também a importância do Ciot para a categoria. “Termos um documento único para a viagem é importantíssimo.”