Motociclista tem CNH suspensa após ser flagrado a 870km/h em CG 150

Isso mesmo, um motociclista teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa após ser flagrado por um radar a 870 km/h, na Avenida Prof. Luiz Alexandre de Oliveira, na região do Parque das Nações, em Campo Grande.
O ‘flagrante’ aconteceu em fevereiro de 2019 e o motociclista Francklin Grégory Fonseca, só soube sete meses depois, quando vendeu a motocicleta e foi transferir o veículo ao comprador.
Mesmo achando estranho a velocidade aferida pelo equipamento, Francklin decidiu pagar a multa mesmo assim.
Pouco tempo depois, o DETRAN-MT abriu um processo de cassação da CNH do motociclista, uma vez que o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), prevê a suspensão direta da licença para dirigir de quem for flagrado acima de 50% do limite da via.
Durante o processo, o motociclista ainda tentou se defender, alegando que a velocidade era incompatível com a motocicleta.
“Seria eu o sortudo de ter a moto mais rápida do planeta? O processo foi julgado e tive minha habilitação suspensa. É uma indústria de arrecadação de dinheiro que só pensa nisso, não está preocupada em atentar-se para os fatos, nem sequer a câmara julgadora se atentou que uma moto pode chegar a 870 km/h”, disse o condutor.
Para se ter uma ideia, o recorde de velocidade em uma motocicleta foi batida por uma Wattman da Voxan Motors, que atingiu 455 km/h.

Mesmo assim, a juíza responsável pelo caso julgou pela suspensão da habilitação do motociclista.
“O recorrente não trouxe aos autos documentos hábeis capazes de provar que não excedeu a velocidade […] Para o cumprimento da penalidade de suspensão do direito de dirigir veículo automotor, deve a CNH do infrator, ser apreendida”, diz trecho.

“Agora tenho que fazer o quê? Estou com a carteira já suspensa, não vou poder trabalhar nesse fim de ano. É complicado”, lamentou Francklin.