Na falta de picanha, preço dos ovos atingem recordes no Brasil

Na falta de picanha, preço dos ovos atingem recordes no Brasil

Um levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, aponta que o preço dos ovos no Brasil nesta primeira quinzena de fevereiro, atingiu o maior patamar desde 2013, quando o estudo começou a ser feito.

O impulso para os preços vem da demanda bastante aquecida, mas, sobretudo, da baixa oferta.

No caso dos ovos, o elevado custo de produção levou muitos avicultores a intensificaram os descartes de poedeiras nos últimos meses, o que vem resultando em diminuição na oferta nas últimas semanas.

No município de Bastos (SP), maior região produtora do Brasil, de janeiro para fevereiro (até o dia 13), a média do ovo branco tipo extra, a retirar na granja (FOB), subiu expressivos 14%, passando para R$ 158,38 por caixa com 30 dúzias.

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Para o produto vermelho, a valorização de janeiro para fevereiro é de 15,7%, com a média mensal atual a R$ 180,39/cx. Ambas médias são recordes da série do Cepea.

Nos supermercados do sul do país, a cartela com 30 ovos é comercializado na faixa de R$ 20 a R$ 22.

Preço da carne

Desde maio de 2022, o preço da carne bovina exportada no Brasil, que costuma andar junto com o preço interno da proteína, vem seguindo uma tendência de queda.

Apesar de isso ser bom para o consumidor final, essa queda acentuada está sendo um péssimo negócio aos produtos.

Isso porque, o custo de produção da carne bovina está praticamente estagnado no último ano, principalmente por conta do preço do milho e dos fertilizantes.

No sul do país, devido à forte estiagem, os pecuaristas estão enfrentando dificuldades em se desfazer dos rebanhos que seguiriam para a engorda.

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Como não há pastagens e o preço do milho continua alto, os produtores que comprariam os rebanhos para engorda e revenderiam daqui 90 a 120 dias, não estão fechando os negócios.

Com isso, muitos animais já estão seguindo para abate com pesos abaixo do comum.