Os Sinotruk 0 km continuam chegando no Brasil

A Sinotruk, fabricante chinesa de caminhões, foi para muitos caminhoneiros brasileiros a primeira oportunidade de adquirir um caminhão 0 quilômetro, mas para outros, significou o fim de um sonho.

Os primeiros Sinotruk no mercado Brasileiro:

Em abril de 2010, a recém fundada Elecsonic, localizada na cidade de Campina Grande do Sul, no Paraná, deu inicio as importações e comercialização dos caminhões SinoTruk Howo 380 com trações 6×2 e 6×4.

A partir desse momento, iniciava um plano ambicioso da montadora de entrar no mercado brasileiro de caminhões. Em 2012, a SinoTruk já havia emplacado cerca de 2 mil caminhões no Brasil e inaugurado 32 concessionárias..

O fim da marca no Brasil:

Por questões burocráticas ligadas ao governo da época, principalmente tributários, a expansão da SinoTruk no Brasil tornou-se inviável em meados de 2014, quando a montadora deixou o país gradativamente.

Com isso, muitos proprietários de caminhões da marca ficaram à deriva, uma vez que o pós-venda foi comprometido.

Sem redes de concessionárias e peças originais para os caminhões, os veículos perderam valor de mercado de forma rápida e alguns acabaram sendo abandonados.

Os Sinotruk 0km continuam chegando no Brasil

Alguns donos, continuam adaptando peças de outras marcas compatíveis e buscando de forma autônoma solucionar os problemas corriqueiros dos veículos.

A depreciação no preço dos veículos é tanta, que modelos 2010/2011 Howo 380, são comercializados na casa dos R$ 60 mil. Caso formos comparar com modelos top de linha, como o Scania G380 6×2, 2010, o valor é de R$ 180 mil.

Os Sinotruk 0km continuam chegando no Brasil

A volta dos chineses

Nessa semana, um internauta flagrou no Porto de Paranaguá, Paraná, duas unidades sendo desembarcadas. De acordo com ele, os modelos têm como destino uma loja na cidade de São José dos Pinhais – PR.

Para os atuais donos de Sinotruk, a volta gradativa dos modelos no mercado nacional pode significar uma esperança. Com mais modelos rodando, torna-se possível que empresas se especializem na manutenção e venda de peças para os modelos, agregando valor à fipe do veículo ou até mesmo possibilitando a retomada às estradas de caminhões que estejam parados por falta de manutenção.