Preço de caminhões usados deve aumentar 20% com paralisação das montadoras
Nessa semana, diversas fabricantes de veículos, entre elas a Volvo, Scania e Mercedes-Benz, anunciaram a paralisação da fabricação de caminhões no Brasil por conta da falta de matéria prima e agravamento da pandemia.
Com isso, a fila de espera por veículos novos, que já ultrapassava os 60 dias, aumentou ainda mais.
Em Abril de 2020, no início da pandemia do Covid-19 no Brasil, as montadoras de caminhões, ônibus e automóveis, também precisaram paralisar suas linhas de montagem.
Em poucos meses, o preço de caminhões novos aumentou até 30% para o consumidor final.
Sem veículos novos, o transporte precisou recorrer a caminhões usados, fazendo com que o preço desses veículos aumentasse na casa dos 40% ou mais.
Antes da crise, as concessionárias e revendas, pagavam em média 20% a menos do valor da FIPE. Em Junho, algumas empresas chegaram a pagar 10% a mais do preço de mercado e revender a 30% acima da Fipe.
Agora, com a nova paralisação e a fila de espera por veículos novos estendida, a procura por caminhões usados é novamente intensificada.
Além disso, o preço dos componentes de caminhões também aumentaram, agregando valor aos veículos que já estavam em boas condições.
Um exemplo disso são os pneus para caminhões, que tiveram um reajuste de quase 100%.
Outro exemplo, são as lonas para caminhões, negociadas antes na casa dos R$20 reais o metro quadrado e que já ultrapassam os R$27 reais.
Esses aumentos influenciam diretamente no valor final do veículo. Se a demanda por caminhões se mantiver aquecida pela safra, a expectativa é que o preço de veículos usados aumente até 20% nos próximos meses.
