Sem defasagem, diesel custaria R$ 7,33 e gasolina R$ 7,4, diz Fecombustíveis

Sem defasagem, diesel custaria R$ 7,33 e gasolina R$ 7,4, diz Fecombustíveis

Segundo os cálculos da Fecombustíveis, se a Petrobras levasse ao pé da letra a política de paridade de preços de importação, a gasolina já estaria custando R$ 7,4 e o diesel R$ 7,33.

Com a alta no preço do barril de petróleo, que atingiu os US$ 129,00,+4,66%, somente nessa terça-feira (08), a defasagem do preço do diesel chegou a 51%, enquanto na gasolina a defasagem está em 35%.

Mesmo assim, até o momento, a Petrobras não repassou esses reajustes conforte sua política de preços.

De acordo com especialistas, esse “congelamento” no preço dos combustíveis se deve principalmente ao governo Bolsonaro, que tenta segurar ao máximo esses reajustes e o aumento na inflação.

Além disso, o governo estuda um subsídio para amortecer a disparada do preço do barril do petróleo do tipo Brent no mercado internacional. 

A proposta que será sugerida ao presidente Bolsonaro prevê um tempo determinado, entre três e seis meses, com um gatilho para o preço do barril em US$ 90. A diferença de preços deve ser coberta pelos recursos dos dividendos e royalties da Petrobras, na opinião dos analistas ouvidos pela coluna. Para garantir a segurança jurídica da medida, talvez seja necessário decretar estado de calamidade pública novamente.

O recente aumento no preço do barril de petróleo se deve principalmente à guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada no último dia 24 de fevereiro de 2022.

A Rússia é um dos grandes responsáveis pelo fornecimento de petróleo para o mundo e, principalmente, para a própria Europa. O país é o segundo maior produtor junto com a Arábia Saudita (atrás somente dos Estados Unidos), ou seja, uma interrupção na oferta pode afetar de maneira significativa os preços.