STF proíbe Sérgio Reis de se aproximar Praça dos Três Poderes após cantor convocar caminhoneiros

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nessa sexta-feira(20), a Polícia Federal (PF) a realizar buscas e apreensões nas residências do cantor Sérgio Reis e do deputado Otoni de Paula.
Além disso, o ministro do STF Alexandre de Moraes, determinou a proibição de nove pessoas, incluindo Sérgio Reis, de se aproximarem em um raio de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Os mandados de busca e apreensão atendem a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusou Sérgio Reis e outros envolvidos, a incitar a população, por meio das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes.
Segundo o despacho de Moraes, a proibição se faz necessária “para evitar a prática de infrações penais e preservação da integridade física e psicológica dos Ministros, Senadores…”
Nessa segunda-feira(16), Sérgio Reis concedeu entrevistas convocando caminhoneiros e agricultores para manifestações que devem ocorrer no próximo dia 07 de Setembro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a favor do voto impresso auditável.
Segundo o cantor, pelo menos 40 líderes do agronegócio brasileiro e do transporte rodoviário, vão apoiar e financiar as manifestações.
De acordo com o sertanejo, o objetivo do ato é a exoneração dos 11 ministros do STF. Desses, 7 são indicações dos governos petistas entre os anos de 2003 e 2016.
Os protestos começaram a ser organizados após o Supremo Tribunal Federal (STF) instaurar dois inquéritos contra o presidente Jair Bolsonaro por “ataques às urnas eletrônicas” e “vazamento de dados de inquérito sigiloso da PF”, que investiga invasões aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral.
Com isso, Bolsonaro chegou a dizer que pediria ao Senado o impeachment dos ministros Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Lideranças dos caminhoneiros afirmam que não vão participar dos atos e dizem que a classe deve se unir para defender pautas da categoria.
Já entre os próprios caminhoneiros, há opiniões divergentes em relação às manifestações que podem vir a ocorrer.
Vale ressaltar, que os motoristas profissionais apoiaram fortemente o presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018.
Com a pandemia e a alta no preço do diesel, esse apoio perdeu força ao decorrer dos últimos 2 anos. No entanto, grande parte dos caminhoneiros ainda se dizem favoráveis ao Governo Federal.
Caso as manifestações realmente ganhem apoio dos caminhoneiros, a pressão contra o Supremo Tribunal Federal (STF) aumentará consideravelmente.

