“Quem está segurando a economia desse país é o agro”, diz ministro da Saúde

Quem está segurando a economia desse país é o agro, diz ministro da Saúde

De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o setor agrícola é um exemplo de que a economia precisa seguir ativa enquanto se toma os cuidados para prevenir o COVID-19.

“Eu sou de um estado agrícola. Nós temos safra para colher, uma safra daqui a pouco para plantar e sem alimento não adianta a gente fazer luta, porque quem está segurando a economia desse país é o agro”, afirmou.

Apesar de outros setores estarem praticamente inoperantes, o agronegócio segue em ritmo acelerado com exportação e consumo interno.

Na produção de grãos, as condições climáticas vêm favorecendo as lavouras nas principais regiões produtoras do Brasil. De acordo com o sexto levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é de 251,9 milhões de toneladas, com variação de 4,1% sobre a safra passada e ganho de 9,9 milhões de toneladas.

Já na produção de carne, os resultados de 2019 colaboram para que o setor ultrapasse a atual crise e, inclusive, amplie sua produção para exportação.

A JBS, empresa brasileira de processamento de carne e uma das maiores do mundo no setor, registrou lucro de R$ 2,43 bilhões para o quarto trimestre do ano passado, um salto sobre os cerca de R$ 560 milhões obtidos um ano antes e acima do esperado por analistas.

No ano de 2019, o lucro líquido foi de R$ 6,1 bilhões, ante ganhos de apenas R$ 25 milhões em 2018.

Empresários e especialistas, afirmam que o prejuízo que o Brasil está tendo com o período de quarentena, poderia ser utilizado em investimento na área de saúde para atender os pacientes infectados.

Por se tratar de uma doença viral, mesmo após o período de quarentena, a doença continuará disseminando-se enquanto não houver vacina. A quarentena tem como objetivo adiar a proliferação, enquanto o sistema de saúde prepara-se para atender os pacientes que serão infectados.

Porém, caso o vírus propague-se com a mesma intensidade após a quarentena, o país não estará preparado economicamente para controlar a doença.